quinta-feira, 3 de maio de 2012

Governo do Amazonas anuncia
ação emergencial para bairros alagados


O governador Omar Aziz visitou na manhã desta quinta-feira, dia 3 de maio, áreas alagadas em Manaus e anunciou medidas emergenciais para amenizar a situação das famílias que sofrem com o avanço das águas na capital amazonense. Ao determinar o início ainda nesta quinta-feira de ações como construção de passarelas, entrega de madeira para erguer o piso das casas (marombas), retirada de lixo, distribuição de hipoclorito de sódio, entre outras medidas, Omar Aziz anunciou que a solução definitiva virá com a retirada das famílias pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim).

“Não é uma ajuda definitiva. É apenas para aliviar o
sofrimento 
dessas pessoas.”, disse o governador 

FOTOS: ALEX PAZUELLO E HERICK PEREIRA
As visitas, que devem prosseguir nesta sexta-feira na zona oeste, iniciaram nos bairros da Raiz, Betânia e encerrou no Presidente Vargas (Bariri), na zona sul, onde a presidente do Fundo de Promoção Social, a primeira-dama Nejmi Jomaa Aziz, integrou a comitiva que acompanhava o governador.
“Não é uma ajuda definitiva. É apenas para aliviar o sofrimento dessas pessoas. É uma área que já está programada para retirar as pessoas ano que vem, mas eu vou tentar acelerar para que isso aconteça ainda este ano e no ano que vem eles não sofram mais este tipo de problema”, disse o governador, após caminhar sobre as passarelas de madeira no beco Ipiranga, na Raiz.

Omar Aziz expressou preocupação com a saúde das pessoas por conta da contaminação das águas, principalmente as crianças e falou de solidariedade. “Esse é um momento de solidariedade. Minha presença aqui representa isso. Essas pessoas não moram aqui por opção é por necessidade”.

Para o governador, a continuidade do Prosamim é essencial para acabar com o sofrimento de quem mora em área alagada. "Muitas famílias já saíram desta condição por meio do Prosamim, mas é preciso fazer mais. Um projeto desse só pode acabar quando você retirar todo mundo dessas áreas de risco".

A ação emergencial, que deve atingir oito bairros alagados, está sendo coordenada pela Defesa Civil do Estado em conjunto com várias secretarias e órgãos estaduais, entre as quais a Secretaria Estadual de Saúde (Susam), Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), Secretaria da Região Metropolitana de Manaus (SRMM) e Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), entre outras.



Todos os bairros visitados estão programados para receber as ações do Prosamim. Nestas áreas, 7.528 famílias já foram ou estão sendo cadastradas. Na área alagada entre a Betânia e a Raiz, 600 famílias devem começar a ser remanejadas entre o final deste ano e o primeiro semestre de 2013. No bairro Presidente Vargas, que também recebeu a visita, outras 600 casas devem ser retiradas para que o Prosamim possa avançar. A área deverá ser uma das beneficiadas pelo Prosamim da Bacia do São Raimundo, que vai remanejar mais de 4.780 famílias do São Raimundo, Glória, Bairro do Céu, Aparecida e parte do Centro. O Governo do Estado também deverá retirar, por meio de outra ação do Prosamim, 2.148 famílias de áreas alagadas no São Jorge, zona oeste.
As soluções para a retirada das famílias passam por desapropriação e pagamento de indenização, remanejamento para conjuntos residenciais da Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) ou para os conjuntos construídos pelo Prosamim. Uma das soluções está sendo aguardada ansiosamente pela dona de casa Iraci Soares, 70 anos, dos quais 50 vivendo no Beco Ipiranga, onde hoje só é possível caminhar sob passarelas por conta do nível da água que já atingiu as casas. “É uma longa espera que agora, com a vinda do governador Omar, nos enche de esperança de sairmos de vez do alagado”, afirmou.

Interior – Para o interior, o governador anunciou que vai agilizar a entrega dos Cartões Amazonas Solidários no valor de R$ 400 para cerca de 50 mil famílias. Segundo ele, neste momento mais de 74 mil pessoas sofrem com efeito das cheias em 38 municípios. "Vamos nos dividir em equipes, para que a ajuda chegue mais rápido. O cartão não resolve o problema, mas ameniza a situação de quem está sofrendo com a casa debaixo d’água".


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